Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página
Pesquisa

Pesquisa caracteriza fatores de estresse em universitários durante a pandemia e dados sobre o uso de álcool e outras drogas

Publicado: Terça, 27 de Julho de 2021, 08h57

Uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudo e Pesquisas em Saúde Mental, Álcool e outras Drogas/NEPSMAD, coordenada pela professora Andrea Ruzzi Pereira, do Departamento de Terapia Ocupacional da UFTM e desenvolvida com a participação de alunas do curso de Terapia Ocupacional, Vitória de Lima Rodrigues e Gercinéia de Carvalho caracterizou fatores de estresse em universitários durante a pandemia e dados sobre o uso de álcool e outras drogas entre universitários.

De acordo com as pesquisadoras, o estudo contou com a participação de 378 estudantes com idade a partir de 18 anos matriculados em cursos de graduação. Os participantes responderam a um formulário eletrônico onde eram solicitadas informações sociodemográficas como: gênero, cor da pele, estado civil, religião, renda familiar, curso e nível em que está matriculado e questões acerca do uso de drogas no início da pandemia e fatores que os estudantes consideraram estressores em relação aos estudos e à vida universitária.

A pesquisa “Uso de álcool e outras drogas e a saúde mental de alunos dos cursos de graduação da Universidade Federal do Triângulo Mineiro durante o distanciamento social devido à pandemia da COVID-19” caracterizou alguns dos principais agentes de sobrecarga e estresse para os universitários no período de distanciamento social devido a Covid-19. De acordo com os dados da pesquisa, os entrevistados apontaram os seguintes aspectos como os principais que levaram ao desgaste físico e emocional durante a pandemia: 57,7% a dificuldade em organização de tempo; 47,2% a volta para a casa da família; e para 50,3% a expectativa dos pais.

Em relação aos dados sociodemográficos, foi apontado pela pesquisa que a maioria dos participantes era do sexo feminino (67,8%); sendo que 348 (88,1%) declaram-se solteiros. Em relação ao consumo de substâncias psicoativas no começo do distanciamento social, 14,6% afirmam um aumento no consumo de álcool e 7,9% maconha, nesse mesmo período. As substâncias consideradas de festa tiveram redução (êxtase, lsd, cocaína, embora para esse último houve menos de 1% de pessoas que declararam usar). Nenhum participante declarou usar crack.

De acordo com a pesquisadora, Andrea Ruzzi Pereira, os jovens entram na universidade já consumindo álcool, mas aumentam o consumo, provavelmente em decorrência da vida universitária; a maconha é a droga ilícita mais usada, mas apenas 9% a experimentaram ao tornarem-se universitários. Contudo, o distanciamento social favoreceu o consumo destas duas substâncias. ”A compreensão das necessidades apresentadas pelos acadêmicos, como organização de tempo, autocobrança e sobrecarga das disciplinas, apontam a necessidade de projetos que acolham os universitários, contribuindo efetivamente com um suporte profissional que identifique previamente as carências psicológicas e os sinais de estresse para evitar ou minimizar o sofrimento psíquico advindo do ambiente acadêmico”, finalizou a coordenadora da pesquisa.

0
0
0
s2sdefault
Fim do conteúdo da página