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Projeto de inovação verifica vantagem no uso de biofertilizante para cultivo de plantas

Publicado: Quinta, 13 de Fevereiro de 2020, 07h40
Biodigestor instalado na Unidade II da UFTM na Univerdecidade
Professora Bruna ao lado do biodigestor instalado na Unidade II da UFTM na Univerdecidade

O projeto de inovação tecnológica "Instalação e monitoramento de biodigestor de baixo custo empregando resíduos sólidos orgânicos", coordenado pela professora Bruna Vieira Cabral, do departamento de Engenharia Ambiental da UFTM, apresentou resultados favoráveis à aplicação de biofertilizantes no cultivo de plantas em relação a um fertilizante organomineral padrão. Participaram dos estudos os alunos da graduação de Engenharia Ambiental Lucas Soares Fonseca (bolsista de iniciação científica do CNPq), Ana Flávia Bernardes, Betânia Naressi, Cristiano Cintra e Rafael Castelfranchi de Oliveira, além do professor Diego Andrade Lemos e a técnica Vanessa Melo.

A equipe instalou e monitorou na Unidade II da UFTM na Univerdecidade, desde 2017, um biodigestor de baixo custo, construído a partir do reaproveitamento de materiais hidráulicos não utilizados em construções. O equipamento produziu biofertilizante a partir de 42 quilos de sobras de alimentos (verduras, legumes e frutas descartadas no preparo das refeições do restaurante universitário), 150 litros de água de abastecimento e 8 quilos de dejetos de animais (equinos, bovinos ou suínos) coletados em fazendas e aras próximos à Uberaba.

Lucas, bolsista, observa amostra do biofertilizante
Lucas, bolsista, observa amostra do biofertilizante

O inóculo formou a carga do biodigestor, gerando um volume de, aproximadamente, 180 litros de biofertilizante que foi aplicado em mudas de Ophiopogon japonicus, conhecida popularmente como grama preta. Para controle, foi aplicado em outras amostras um fertilizante líquido organomineral classe A, de uso padrão, que tem como base o melaço de cana e o ácido bórico.  

Mudas da grama preta usadas no estudo
Mudas da grama preta usadas no estudo

De acordo com os pesquisadores, as mudas tratadas com biofertilizante se desenvolveram visivelmente melhor do que as mudas tratadas com fertilizante químico e podem servir a outras culturas. “O fertilizante organomineral não forneceu à gramínea nutrientes necessários para o seu desenvolvimento, observando que as mudas de Ophiopogon japonicus tratadas com biofertilizante apresentaram melhor desenvolvimento e maior massa seca. A análise conjunta com resultados evidenciou a aplicabilidade do biofertilizante em estudo como um potencializador da nutrição de plantas bem como nas características do solo, se mostrando uma alternativa viável de destinação final ambientalmente correta para os resíduos orgânicos. O pequeno agricultor poderá construir seu próprio biodigestor, reaproveitar os restos alimentares e dejetos de suas criações para produzir seu biofertilizante”, explicou Bruna.

Mudas que receberam o biofertilizante
Mudas que receberam o biofertilizante

O biofertilizante também é utilizado para irrigar mudas plantadas por meio do projeto de extensão universitária intitulado "Arborização do Campus Univerdecidade". O trabalho de pesquisa já foi apresentado no Simpósio Brasileiro de Engenharia Ambiental e Sanitária, no Congresso Brasileiro de Engenharia Química em Iniciação Científica e no Simpósio de Tecnologia Ambiental e de Biocombustíveis.

Fotos: Vanessa Melo/UFTM

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