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PET História apresenta documentário sobre o bairro Abadia

Publicado: Sexta, 09 de Junho de 2017, 08h57

O documentário “Bairro Abadia: histórias e memórias” será oficialmente lançado no próximo domingo, dia 11 de junho, no salão do Santuário Abadia, pelo PET História da UFTM. Na ocasião, também serão distribuídos para instituições e membros da comunidade exemplares do livro “Baú de Memórias. Entre a identidade e a diversidade no bairro Abadia. (Uberaba-MG)”, igualmente produzido pelo grupo do Programa de Educação Tutorial.

Professora Sandra Dantas, coordenadora do PET História com o livro Baú de Memórias
Professora Sandra Dantas, coordenadora do PET História com o livro Baú de Memórias

Os dois trabalhos são produtos de um ciclo de estudos a respeito do bairro Abadia em Uberaba. Sob a coordenação da professora Sandra Mara Dantas, do curso de licenciatura em História da UFTM, 21 alunos do PET participaram da produção que envolveu a recuperação da história do local e algumas de suas instituições, a elaboração de mapas de espaços e serviços disponíveis, relatos de moradores a respeito dos significados desse espaço urbano, do levantamento das escolas de educação básica, de imagens antigas e recentes de espaços e atividades, do levantamento do patrimônio histórico e também das demandas dos moradores e discussão da pluralidade cultural e religiosa.

Desde que o trabalho teve início, em 2014, além do documentário e do livro, resultaram vários produtos como exposições e apresentação de trabalhos acadêmicos em eventos científicos, catálogo de fontes históricas e publicação de artigo científico.

Para Sandra, o livro “Baú de Memórias. Entre a identidade e a diversidade no bairro Abadia. (Uberaba-MG)” é uma produção que aproxima a Universidade da comunidade e, simultaneamente, contribui para que os moradores se percebam como sujeitos importantes na construção de seu bairro e da cidade. “Acreditamos que o livro contribui para conhecer não somente o trabalho desenvolvido pelo PET História como também conhecer alguns aspectos dessa importante comunidade de Uberaba”.

O PET escolheu o bairro Abadia para pesquisa porque é um dos mais significativos no conjunto da Cidade. Com cerca de 20 mil habitantes, é o bairro mais populoso de Uberaba. Surgiu no final do século 19 e o seu processo de urbanização aconteceu no início do século 20.

Metodologia do trabalho

O PET foi dividido em três núcleos para realização do trabalho: ensino, pesquisa e extensão. As escolas do bairro foram o campo do núcleo de ensino. A equipe selecionou as escolas públicas que tivessem disponibilidade. O foco foi educação patrimonial para enfatizar a importância do patrimônio e da construção do bairro como um legado para a própria comunidade. O núcleo de extensão buscou os moradores mais antigos, que foram entrevistados sobre os comércios, as construções e instituições. E o núcleo de pesquisa levantou documentação histórica no Arquivo Público e no santuário da Abadia.

A sistematização das fontes e da pesquisa começou em 2016. O catálogo de fontes históricas está disponibilizado à comunidade acadêmica para pesquisa na Casa PET História, na Rua do Carmo, 413.

Os participantes

A petiana Sheila, do núcleo de pesquisa
A petiana Sheila, do núcleo de pesquisa

 

Sheila Chumbinho, integrante do PET História, fez parte do núcleo de pesquisa. “Nós buscamos informações sobre o bairro Abadia, notícias sobre violência, sobre infraestrutura, sobre a festa da Abadia, sobre a Santa Casa de Misericórdia que é o hospital que, de uma certa maneira, fez surgir o bairro. A base de trabalho do historiador é a fonte, tanto documental como o ser humano. Como futura historiadora, pesquisadora e estudante de história, essa experiência abre as portas para aquilo que é o meu ofício. É mágico pegar o documento, ter contato com o que é nosso trabalho em si”, relatou Sheila.

 José Resende Filho, petiano não bolsista, trabalhou no núcleo de extensão. Nascido e criado no bairro Abadia, a vivência dele se tornou especial. Ele participou da série de entrevistas com mais de 10 moradores em que foram captadas mais de vinte horas de gravação. “O documentário ficou com cerca de 45 minutos de duração. O mais importante para mim foi estar em contato com a comunidade e perceber que a história não é feita só dentro da Universidade, a história é feita em todo lugar, a todo momento. A gente trabalhar com isso abre um leque de possibilidades muito grande. Muito bacana!”

Petianos, Lucas, Ruan e José
Petianos do núcleo de extensão: Lucas, Ruan e José (da esq. à dir.)

Também do núcleo de extensão, o petiano Ruan Festucci, explicou a estruturação do documentário. “O documentário foi estruturado em quatro grandes eixos. Primeiro a Infância, segundo o Trabalho, terceiro a Religião e o quarto e último Ser Abadiense. Em cada um desses eixos a gente tinha subtemas, e tentávamos fazer a ligação de um subeixo para o outro. No livro, temos uma visão mais histórica, contando um pouco mais da história do bairro. No documentário, queríamos mostrar a visão dos moradores”, explicou.

O documentário começou como um projeto individual do petiano Lucas Borges Elias, que foi ampliado para tratar dos diferentes aspectos do bairro Abadia. “A questão da amizade, do laço que os moradores têm é muito forte, como a cena do vizinho bater na porta e pedir açúcar. Outras questões bem marcantes do bairro são o trabalho e a religião. O abadiense tem uma diversidade enorme e convive muito bem com ela”, observou.

Grupo do PET assiste documentário
Grupo do PET História assiste documentário sobre o bairro pela primeira vez

Para Sandra, o trabalho foi importante para entender que a história acontece no cotidiano, “que todos os sujeitos estão construindo esse bairro. Se o bairro Abadia hoje é o espaço da diversidade, ele o é pelos sujeitos que ali vivem e viveram ao longo do tempo, desconhecidos ou não. É importante ressaltar a história do sujeito como alguém que é participante da história”, concluiu.

O PET História irá criar um canal no YouTube para disponibilizar o documentário, bem como o arquivo do livro Baú de Memórias.

 Fotos: Marco Clemente/UFTM

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