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Extensão Universitária

Programa de extensão em saúde mental promove ações e uma live no Dia Nacional da Luta Antimanicomial

Publicado: Quinta, 14 de Maio de 2020, 10h34

  

No Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado em 18 de maio, a equipe do Núcleo de Pesquisa em Saúde e Sociedade  - NUPESS da UFTM, em parceria com a Fundação Gregório Baremblitt e com a Diretoria de Atenção Psicossocial de Uberaba, promoverá uma live com participação de gestores e trabalhadores da Rede de Atenção Psicossocial, lançamento de depoimentos de graduandos que atuam no Programa de Extensão Universitária em Saúde Mental Territórios de Vida, além de abrir uma exposição eletrônica do acervo de fotografias produzidas nos projetos “(Outros) Olhares” e “(Con) Viver com Arte”.

A live, denominada "O SUS vive. O sofrimento existe. O cuidado persiste!", mediada pela professora Rosimar Alves Querino, terá como participantes Jorge Bichuetti (psiquiatra e coordenador clínico do CAPS Maria Boneca) e Sérgio Henrique Marçal (psicólogo, diretor da Diretoria de Atenção Psicossocial de Uberaba). Será transmitida no dia 18 de maio, às 10h, na Rádio nas Nuvens UFTM (https://www.youtube.com/channel/UCSmDQOaHTChzvlzyiDivB7Q).

Os depoimentos e as exposições eletrônicas poderão ser vistos no canal da Fundação Gregório Baremblitt (https://www.youtube.com/channel/UCTKcMwg4cQaN9Xuf8A605jg).

Desde 1995, o CAPS Maria Boneca organiza uma caminhada nesta data, mas neste ano devido à pandemia do Covid-19, o dia será lembrado pela live.

Caminhada do Movimento Antimanicomial em Uberaba
Caminhada do Movimento Antimanicomial em Uberaba

 

O Programa de Extensão em Saúde Mental Territórios de Vida

A equipe do Núcleo de Pesquisa em Saúde e Sociedade  - NUPESS da UFTM desenvolve desde 2019 o Programa de Extensão Universitária em Saúde Mental “Territórios de Vida” em parceria com a Fundação Gregório F. Baremblitt e com a Diretoria de Atenção Psicossocial de Uberaba-MG. Destaca-se a composição interdisciplinar da equipe, coordenada pela professora Rosimár Alves Querino, e o envolvimento de vinte alunos de graduação dos cursos de Medicina, Psicologia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.

O Programa visa contribuir para a inserção comunitária das pessoas com transtornos mentais por meio de atividades lúdicas, recreativas e artísticas voltadas ao desenvolvimento e valorização de suas habilidades pessoais e expansão de sua circulação pelos equipamentos sociais e espaços coletivos.

É composto por três projetos de extensão: “(Re) Inserção Comunitária nos Territórios: acompanhamento terapêutico e cuidado psicossocial”; “(Outros) Olhares sobre a Cidade: Saúde Mental e Inserção Comunitária”; “(Con) Viver com Arte: espaços de co-construção de sujeitos na Saúde Mental”.

O processo de interação entre usuários, trabalhadores da saúde mental e acadêmicos pretende promover a ressignificação dos sujeitos, a construção de territórios de vida permeados pela defesa de direitos humanos e a ampliação da formação dos acadêmicos no campo da Saúde Mental. As práticas extensionistas são sustentadas por processo de formação ancorado na problematização da reforma psiquiátrica e na compreensão da rede de atenção psicossocial e em atividades de pesquisa.

As atividades de extensão junto aos usuários do Centro de Atenção Psicossocial Maria Boneca estão suspensas em decorrência da pandemia. O Programa continua com as atividades de formação e produção dos materiais para as ações previstas para o segundo semestre: exposição de artes, exposição fotográfica e Rodas de Conversas sobre Direitos Humanos e Saúde Mental aberta aos usuários, familiares, trabalhadores das instituições de saúde mental e comunidade acadêmica.

 

Luta Antimanicomial

O dia 18 de maio é o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, instituído pelo Movimento da Luta Antimanicomial. O lema “Por uma Sociedade sem Manicômios!” sintetiza a bandeira de lutas do Movimento e mobiliza profissionais, familiares, usuários, pesquisadores e toda a sociedade civil na defesa dos direitos humanos das pessoas com transtornos mentais e de novas formas de cuidado em saúde mental construídas com inserção nos territórios, superação de estigmas e preconceitos e atendimento em serviços comunitários.

“A Rede de Atenção Psicossocial - RAPS construída nas três últimas décadas se expandiu, embora sejam reconhecidos os desafios para sua sedimentação no contexto contemporâneo. A defesa da reforma psiquiátrica e da luta antimanicomial é parte do compromisso com uma universidade socialmente referenciada. Novas posturas e novas abordagens são fundamentais para a consolidação da reforma psiquiátrica, posto que podem contribuir para um processo de formação sustentado em um novo olhar sobre a loucura e seu lugar social. Mudanças na percepção sobre o sujeito e o próprio campo da saúde mental permitem uma nova compreensão sobre o sofrimento e a diferença, questão essa que perpassa a luta pela desinstitucionalização da loucura até os dias de hoje”, concluiu Rosimár.

 

Fotos: Divulgação/UFTM

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