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Pesquisa

Revista Spinal Cord do grupo da Nature publica pesquisa coorientada por docente da UFTM sobre lesão medular

Publicado: Segunda, 24 de Maio de 2021, 10h08

A Revista Spinal Cord  (https://www.nature.com/sc), do grupo da Nature, um dos mais renomados jornais internacionais que publica as melhores pesquisas em todos os campos da ciência e tecnologia, divulgou o artigo científico Spinal cord injury and work challenges: an analysis of paid work status and pathways of return to work in Brazil (Lesão medular e desafios do trabalho: uma análise da situação de trabalho remunerado e as trajetórias de retorno ao trabalho no Brasil), que trata da pesquisa coordenada pela professora Rosana Sampaio, desenvolvida pela aluna de mestrado Fabiana Oliveira, no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação da Universidade Federal de Minas Gerais, em parceria e com coorientação da professora Fabiana Caetano Dutra, do Programa de Pós-Graduação em Atenção à Saúde da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Também foram coautores do artigo científico o professor Renan Resende, coordenador do Programa de Pós Graduação em Ciências da Reabilitação (UFMG) e a professora Marisa Mancini, docente do Programa de Pós Graduação em Ciências da Reabilitação (UFMG).

Fotos: Grupo de autores do artigo científico publicado
Fotos: Grupo de autores do artigo científico publicado

Com o objetivo de investigar a situação de trabalho remunerado e as trajetórias de retorno ao trabalho (RTW) após lesão medular (LM) traumática, a pesquisa foi realizada nos anos de 2018 a 2020. Participaram 154 pacientes adultos com lesão medular traumática, que passaram por reabilitação na Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação entre os anos de 2000 e 2017.

Entre os resultados verificados pela pesquisa, apenas 23% dos participantes voltaram ao trabalho remunerado após a Lesão Medular (LM), sendo que 12% retornaram para uma ocupação diferente e 9% conseguiu ser incluído na mesma ocupação. As variáveis identificadas no estudo que mais impactaram o retorno ao trabalho foram o número de complicações clínicas após a LM; conseguir voltar ao estudo e aumentar o grau de escolarização; ter boa capacidade para o trabalho e satisfação com o trabalho.

Como conclusão, no Brasil, as pessoas em idade produtiva com LM que realizaram reabilitação apresentam baixa taxa de inclusão no trabalho remunerado. De acordo com a pesquisa, é importante a equipe de reabilitação intervir junto à pessoa com LM para evitar ou diminuir o número de complicações no momento da lesão. Programas e ações de saúde e sociais voltadas para incluir a pessoa com LM no retorno aos estudos, para aumentar a capacidade para o trabalho e proporcionar maior satisfação com a situação profissional são importantes para aumentar a probabilidade de retorno ao trabalho remunerado entre pessoas com LM.

“Esta pesquisa foi um grande desafio. São escassas as pesquisas que conseguem fazer o acompanhamento dos participantes durante um longo período de tempo tão longo (de 2000 a 2017). Ainda mais quando a pesquisa é realizada sem apoio financeiro. Mas os resultados são incríveis e mostram a importância de uma equipe interdisciplinar para evitar ou diminuir o número de complicações após a lesão medular e a importância da equipe interdisciplinar para aumentar a capacidade de trabalho de pessoas que adquirem uma deficiência. Os resultados também mostram a importância de políticas públicas intersetoriais, como a saúde, educação e assistência social trabalhando juntas para aumentar o nível educacional da pessoa com deficiência e melhorar as condições de trabalho para aumentar a satisfação com o trabalho”, concluiu Fabiana Dutra.

Link de acesso à publicação: https://www.nature.com/articles/s41393-021-00637-1.epdf?sharing_token=EaULg5L6hmPnY5rD4Nzx6tRgN0jAjWel9jnR3ZoTv0N8Rf9nqvHxTpzCl_X2nM1_Q_us3WpNZ0Z8wmAW3SGqQqXYWvNhXFud3Q8My5J5a-o0v5-yRfexacyglCVfZ4Cpfa-A9YGf6EyJ-uicQYdTf8rAi_0MUe2S2fnDh6KjhmQ%3D

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