Alteração no Regimento da Fapemig gera apreensão entre os pesquisadores mineiros

No último dia 26 de outubro foi publicado o Decreto Estadual nº 48.715, que alterou o Regimento da Fapemig. A partir de agora o Conselho Curador da entidade, formado por representantes da comunidade científica, do governo estadual e do setor empresarial, não tem mais a prerrogativa de indicar a lista tríplice com os nomes do Presidente e do Diretor Científico, para posterior escolha do Governo Estadual. Outra mudança foi o fim do mandato de três anos para ambos os cargos.

Com essas mudanças o Presidente e o Diretor Científico poderão ser indicados diretamente pelo Governo Estadual sem o estabelecimento de um mandato. A preocupação da comunidade científica mineira é de que os indicados, a partir de agora, sejam escolhidos por critérios políticos, sem nenhum tipo de lastro ou conhecimento sobre a área científica. Comprometendo o trabalho da Fapemig, seu desenvolvimento e sua excelência.

A Fapemig é uma das mais importantes agências de fomento do país, respeitada nacional e internacionalmente. Uma intervenção política na entidade trará inúmeros prejuízos para o desenvolvimento científico e tecnológico do estado de Minas Gerais. A UFTM está acompanhando de perto essa questão e defende que a Fapemig não sofra nenhum tipo de intervenção política ou ideológica que altere os critérios e as condutas da alta administração da entidade. A revogação do Decreto 48.715 é a melhor medida para restaurar a confiança e o ânimo da comunidade científica mineira e garantir uma gestão democrática na FAPEMIG.