HC-UFTM realizará, aproximadamente, 500 exames de Covid-19 por semana
Com o credenciamento, a instituição passa a detectar, a partir de 29 de junho, material genético viral em secreções coletadas nas vias nasal e orofaríngea. Poderão ser atendidos os municípios da região Triângulo Sul de Minas Gerais e da regional de Ituiutaba, além da cidade de Patrocínio, seguindo fluxos pactuados com a Superintendência Regional de Saúde - SRS/Uberaba.
A expectativa é de uma capacidade operacional de 500 exames por semana, com foco em pessoas com sintomas de síndrome gripal, além de profissionais de saúde em atuação na assistência e outros trabalhadores de estabelecimentos de saúde que são referência para a Covid-19. O prazo para emissão de resultados é, em média, de três dias.
“Devido à alta demanda que tem se apresentado aos laboratórios públicos, no atual contexto de pandemia, a participação do Hospital de Clínicas vai auxiliar a obtenção de diagnósticos em tempo adequado”, avalia a superintendente do HC, Ana Lúcia de Assis Simões.
A gestora ressalta que quanto mais cedo for obtido o resultado, mais facilmente pode ser adotada uma intervenção terapêutica, conforme a gravidade de cada caso. “Trata-se de um serviço de grande relevância social, que chega para complementar as ações de ensino, pesquisa e assistência prestadas pelo HC”, afirma.
As Unidades de Pronto Atendimento e os hospitais das cidades a serem atendidas vão coletar as amostras e enviar ao HC-UFTM. Segundo a coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da SRS/Uberaba, Denise Maciel, os kits de coleta são fornecidos pela Funed e os insumos para a conclusão dos exames, pelo Ministério da Saúde.
“O objetivo da ampliação da rede pública para o diagnóstico da Covid-19 em Minas Gerais é subsidiar o aumento progressivo da testagem, de forma descentralizada, em consonância com os princípios do Sistema Único de Saúde. O laboratório do Hospital de Clínicas é um dos 15 habilitados para compor a rede estadual”, Maciel detalha.
Estrutura
De acordo com o médico e pesquisador Virmondes Rodrigues Júnior, a equipe do Laboratório de Imunologia, coordenado por ele, utiliza exames de biologia molecular desde 2017 para detectar a infecção por citomegalovírus. “Uma técnica assemelhada será empregada no trabalho com o coronavírus”, informa.
Por esse motivo, não foi preciso adquirir novos equipamentos, "apenas encontrar a área apropriada e promover adaptações para atender às normas de biossegurança e necessidades do trabalho a ser desenvolvido", destaca a chefe da Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutico, Marina Casteli Rodrigues Monteiro.
O laboratório foi instalado junto à ala de ortopedia, em um espaço anteriormente ocupado por dois quartos de isolamento. Enfermarias do entorno sofreram ajustes para se tornarem mais amplas, tais como a eliminação de armários sem função assistencial, de modo a receber os leitos deslocados pela mudança.
Foram necessárias algumas alterações, como criação de antessala de acesso, climatização, adaptações elétricas e hidráulicas. O ponto escolhido possui um sistema de pressão negativa, que evita a dispersão de partículas para as áreas próximas.
“Um aparelho troca o ar em intervalos programados e possui filtro de alta eficiência para contaminantes, proporcionando mais segurança para o local e adjacências”, finaliza o chefe da Divisão de Logística e Infraestrutura Hospitalar, Luiz Humberto Camilo.
O Hospital contou, também, com apoio da empresa de fertilizantes Mosaic, que doou recursos equivalentes ao material demandado para, aproximadamente, 10 mil exames. A aquisição dos insumos a partir dessa doação foi administrada pela Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba - Funepu.
Fotos: João Pedro Vicente/HC-UFTM
Fonte: Unidade de Comunicação HC-UFTM
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