O papel da UFTM em Peirópolis em discussão com a comunidade
Audiência pública em Peirópolis (Foto: Marco Clemente)
No fim da tarde do dia 11 de outubro, a reitora Marinalva e sua equipe se uniram aos moradores de Peirópolis para uma audiência pública. O evento contou com a participação do museólogo Diogo Nobre da Silva, diretor do Complexo Cultural e Científico de Peirópolis, e aproximadamente 20 membros da comunidade local.
O principal objetivo do encontro foi estabelecer um canal direto de comunicação entre a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e a comunidade de Peirópolis. Além disso, destacou-se o papel da universidade na consolidação do reconhecimento do Geoparque de Uberaba pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), sendo Peirópolis parte fundamental desse processo.
A reitora Marinalva enfatizou a necessidade de um olhar atento para a comunidade de Peirópolis, visando a criação de ações que promovam a cultura, o ensino e a pesquisa em benefício da população local. Ressaltou ainda a importância da participação ativa dos moradores nesse processo. O professor Helder, pró-reitor de extensão, explicou de forma didática que é essencial transformar as ideias coletivas em projetos concretos da universidade.
Adilson Resende, um residente com 35 anos de história em Peirópolis, chamou a atenção para a alta afluência de visitantes nos fins de semana, cerca de 3 mil pessoas, que buscam o Complexo Cultural e a região para atividades de lazer e ecoturismo. No entanto, ele observou a carência de serviços essenciais, como a falta de regularidade de atendimentos pelo posto médico, além da necessidade de melhorias na sinalização e acesso às cachoeiras da região. Adilson propôs a formação de uma comissão para identificar as necessidades da comunidade, e a reitora Marinalva sugeriu que o diretor do Complexo, Diogo Nobre, liderasse essa iniciativa, e ressaltou que os anseios da comunidade devem ser triados em projetos de curto, médio e longo prazo, considerando, evidentemente, o que é de competência da UFTM.
Eliana Resende, moradora de Peirópolis há 50 anos e professora aposentada, compartilhou suas aspirações por um ambiente mais limpo, com lixeiras seguras para evitar que animais espalhem o lixo, bem como a criação de espaços floridos que cativem os turistas a retornar.
Carlucia Soares, representante da associação de doceiras, há 23 anos residente em Peirópolis, sugeriu a oferta de cursos sobre nutrição e informação nutricional para agregar valor aos produtos da associação, além de enfatizar a importância da formação de guias turísticos locais.
Outros moradores, Letícia, Marcelo e José Carlos, também expressaram seus desejos e sonhos para a comunidade. Letícia ressaltou a importância de espaços com cursos de informática e inglês, enquanto Marcelo destacou a relevância da preservação ambiental na região e acredita no crescimento contínuo de Peirópolis. José Carlos, presidente da associação de moradores e docente com 30 anos de experiência, sublinhou a importância da extensão universitária para a comunidade e incentivou o diálogo constante entre a UFTM e a população local.
A professora Cláudia, pró-reitora substituta de ensino e docente do curso de história, compartilhou a parceria entre o Programa de Educação Tutorial da História (PET História) e a comunidade, destacando o papel dos moradores na pesquisa acadêmica e na produção de um documentário sobre Peirópolis (https://www.youtube.com/watch?v=6RPlagGnt3g). Ela anunciou que o jogo de tabuleiro "Nos trilhos de Peirópolis" foi patenteado e estará disponível comercialmente, com todos os recursos revertidos para o Complexo Cultural e Científico, que abriga o Museu dos Dinossauros.
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