Professora da UFTM é premiada na 19ª edição do Para Mulheres na Ciência
Impacto de antidepressivos e ansiolíticos em ecossistemas aquáticos, tratamento alternativos e sustentáveis para infecções bacterianas e estudos sobre as novas propriedades de um buraco negro são alguns dos temas de pesquisas das vencedoras da 19ª edição do Para Mulheres na Ciência, iniciativa realizada pelo Grupo L’Oréal no Brasil em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Unesco no Brasil. O principal objetivo é promover e reconhecer a participação da mulher na ciência, favorecendo o equilíbrio dos gêneros no cenário brasileiro e contribuir para o papel chave que elas desempenham na transformação social.
Todos os anos, o programa premia sete pesquisadoras com uma bolsa-auxílio de R$50 mil reais nas áreas de Ciências da Vida, Ciências Físicas, Ciências Químicas e Ciências Matemática. Na categoria Ciências da Vida, as vencedoras foram Fernanda Rodrigues Soares, Luisa Campos Caldeira Brant, Manuela Sales Lima Nascimento e Raquel Aparecida Moreira. Já na categoria Ciências Físicas, quem ganhou foi a Carolina Loureiro Benone. Larissa Ávila Matos foi reconhecida na categoria Ciências Matemáticas e Marcele Fonseca Passos na categoria Ciências Químicas.
O prêmio foi entregue no dia 27 de novembro, em cerimônia fechada realizada no hotel Fairmont, no Rio de Janeiro. A iniciativa faz parte de um programa global que contempla anualmente mais de 350 jovens cientistas pelo mundo em 110 países por meio das iniciativas regionais e nacionais.
O projeto da laureada por Ciências da Vida, Fernanda Rodrigues Soares, professora vinculada ao ICBN e ao Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, tem como objetivo desenvolver um teste genético que ajude a orientar o tratamento de pacientes com doença coronariana com obstrução dos vasos sanguíneos do coração, adaptado para o perfil da população brasileira. A maioria dos estudos desenvolvidos sobre o tema tem como base em informações genéticas de populações europeias, e o objetivo da professora, que hoje cursa pós-doutorado na Universidad de Extremadura, na Espanha, é adaptar o estudo para o Brasil. A ideia é que o resultado ajude a identificar se os pacientes têm ou não boa chance de responder ao uso de um medicamento utilizado após a cirurgia de angioplastia, a fim de que o sangue não coagule. Para isso, ela vai coletar dados genéticos e clínicos de pelo menos 500 pacientes que passaram por angioplastia. No futuro, o teste pode se tornar uma ferramenta valiosa para orientar a tomada de decisões clínicas e salvar a vida de muitos pacientes brasileiros.
https://www.abc.org.br/2024/11/25/para-mulheres-na-ciencia-2024-conheca-as-sete-vencedoras/
Fonte: Divulgação L'Oréal
Fotos: L'Oréal Brasil, UNESCO e Academia Brasileira de Ciências
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