HC-UFTM

A cordocentese e a transfusão fetal intrauterina são delicadas e foram realizadas em duas gestantes na semana passada
HC-UFTM realiza procedimentos intrauterinos raros em duas pacientes gestantes

A cordocentese e a transfusão fetal intrauterina são delicadas e foram realizadas em duas gestantes na semana passada
Duas pacientes gestantes acompanhadas pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Triângulo Mineiro (HC-UFTM), vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), passaram por procedimentos raros e delicados: a cordocentese seguida de transfusão fetal intrauterina, realizados na última terça-feira (15).
Especialista em medicina fetal, o ginecologista e obstetra do HC, Alberto Peixoto explica que a cordocentese é um procedimento invasivo guiado por ultrassom para coletar uma amostra de sangue do cordão umbilical. “A partir dessa amostra, a gente realiza os exames necessários. Nos casos em questão, a coleta foi importante para avaliar o hemograma do feto e identificar o grau de anemia fetal”, completa Peixoto.
“Quando a gente recebe a notícia de que vai precisar fazer uma transfusão num bebê tão pequeno, dá uma assustada, né? Mas depois a gente coloca a cabeça no lugar, busca entender o procedimento e percebe que os resultados superam os riscos. Vamos seguir acompanhando semanalmente a gestação e vai dar tudo certo”, afirma a paciente Brenna Nunes, que está esperando Cecília, de 28 semanas. “Agora estou bem e minha neném também. Isso me deixa mais feliz e tranquila”, relata Eliana Souza, que está esperando Mariana, de 33 semanas.
As indicações para a realização das cordocenteses foram distintas. “Um caso foi por um problema chamado isoimunização materno-fetal, que é a incompatibilidade entre o sangue da mãe e o do feto. Isso acontece quando a mãe é RH negativo, e o feto é positivo, o que causa a destruição dos glóbulos vermelhos do sangue do feto gerando a anemia, que, quando intensa, pode causar a insuficiência cardíaca e levar ao óbito. Então, para garantir as melhores condições ao feto foi realizada, com sucesso, a transfusão intraútero para correção”, explica Alberto Peixoto.
O especialista comenta que o segundo caso foi causado pela infecção por parvovírus B19. “Após a transmissão vertical, esse vírus causa anemia no feto ao bloquear a produção dos glóbulos vermelhos pela medula óssea e pelos outros órgãos responsáveis pela eritropoiese (a produção dos glóbulos). Também tivemos uma transfusão realizada com sucesso”, afirma Peixoto.
Esses procedimentos são raros graças ao tratamento precoce com imunoglobulinas para a correção da isoimunização materno-fetal e pelo fato de a incidência de infecção aguda pelo parvovírus durante a gravidez ser baixa. “Os procedimentos foram interessantes e gratificantes e envolveram um grande trabalho coletivo da nossa equipe de Enfermagem do Bloco Cirúrgico, da UTI Neonatal presente o tempo todo para o caso de alguma urgência, das equipes de anestesiologia e da medicina fetal e da equipe do hemocentro da nossa Regional, além do ginecologista obstetra, Caetano Galvão Petrini”, finalizou Alberto Peixoto.
Rede Ebserh
O HC-UFTM faz parte da Rede Ebserh desde janeiro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Fonte: Assessoria de Comunicação do HC-UFTM
Publicado por: Tiago Saad Morlin (Discente do Curso de Letras - Português e Espanhol - e estagiário da Comunicação Social da UFTM).
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